Das coisas que me acalmam...

Se eu pudesse me dar o tempo, faria as coisas que me acalmam.

Estou prestes a conseguir. Escrevo e leio noite e dia a ponto de rir.

Olho e rego as plantas, como se fossem o corpo luminoso no orvalho da terra...

A terra que consome a água, numa disputa com o céu, que a quer para chover...

E eu leio a chuva...

prometo não dizer, que isso também é dizer...

Eu sinto frio, mas me aqueço lembrando que não foram das minhas mãos a recusa.

Me dou inteira à procura,

Desvencilhando despropósitos,

com otimismo, reza e estudo.

Tanto, que esqueci o verso que tinha preparado para escrever...

Porque não tenho o tempo que o tempo me tem...


Susana Raposo.

(Foto autoral de alguns papéis sobre a mesa e um encarte de pássaro.)







 

 

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