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Meias Laranjas Aceitar a vida não tem legendas. Se não disser o que vi pode ser que pensem em metades. Ou cores ou no que der vontade.  Não há a necessidade de clarear a clareza. Mesmo na incerteza do que se vê. Do que se é. Do que se acha, soma e diz... Somamos momentos.  Hoje podemos até estar onde não se está. Dizer sobre sem estar lá.  Ou mesmo participar. Onde estará agora o ser luminoso que rezava aos risos com finas asas a deliciar-se da certeza que estava perto de quem o queria observar? Sim. Era um homem, do rosto, só o contorno do perfil, ... A meia cor laranja...   As asas eram cor laranja. E gosto muito de gominhos cítricos de laranjas...    Gosto de descascar laranjas... Gosto do Céu visitado por Cronos vestido de laranja... Mas, eu?! Eu não quero jamais ser  laranja. A coisa mais legal da vida é uma consciência de si bem limpinha.  Nos varais da memória, sem chamas para sumir arquivos ou objetos encontrados nas desesperanças dos livros...     Gosto só de me preocupar com
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  O ruim não é necessariamente a vida. A vida é boa. Algo do fôlego que temos, ora sem ela não sabemos. Ruim é a vida não terminar em ninguém...  Sei lá se sei dizer, uma estrada só não deve ser bom lugar... Sim, há sonhos e coloridos, folhagens e multidões...Tem agora dois passarinhos rindo... E eu falo deles para mim.         Ó Céus! Foram poucas; e bem poucas vezes em rodas de amigos, eu não estava triste, mas também não era ali a felicidade. Eu acho que ela mesma não é flagrada por nós mesmos, porque a gente quando percebe fica bem triste pensando que vai acabar. Pequena eu lembro, a felicidade era um biscoitinho, "Mais mais". Eu comia lambendo o recheio num vasto mix de desejo vivido e infinito... Mas o céu?! O Céu não pode ser isso.     Susana Raposo 
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  Ninguém tem maior compromisso comigo que eu mesma. Meu problema espiritual.      Estou tentando ser amiga de Borges.  Só que o tempo que acho, estou lendo Platão. O sol pós chuva me laça...  Saio para caminhar, ler em uma praça.  Li pouco mais de três linhas. É que queria ver pés de Rosas brancas... Li lás. Voltei de onde não sai. Consegui ver Rosas rosas, assim como as últimas casas de telha e a palavra inveja saltou do Livro. Susana Raposo
  P or um triz vi a vida chegar e avançar.  Na espaçonave  que mantém meus sentimentos... A espaçonave  ocupa o lugar das coisas.  Eu não tenho as coisas. Só tenho os sentimentos...                                           Confesso que vou escrever quebrado. Confesso que sempre o lado de dentro e o de fora foram uma corda que não possui  lado. Que no filme das formigas gigantes eu sentia que era a formiga. E no ataque das aranhas gigantes eu era Aranha.  Criança vi uma lagartixa quando minha mãe lavava o quintal e até hoje ver lagartixa é um encontro fenomenal. Eu quase perdi um seio retalhado por forças que mendigam minha vida. Eu acredito no Sobre e no Natural. Não fazia sentido, caso simples de todos os dias minar tão contrário. Eu perdoei.  Mas, nunca vou dizer que foi bom para alguma coisa. Mesmo eu inteira e sem sinal de talho. Sou minha vida, e olha?! A vida nem é minha. Eu confio hoje em Deus, sem lado. Com Sentido. Com Espaço. E meu muito Obrigad o  é meu aniversário! Susana
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  Na felicidade de quem está feliz   O que me fez voltar a estar aqui, ainda este ano. Foi encarar os fatos. Não tenho condições de cumprir todos os deveres. Ainda mais um dever posto por mim. Eu queria saber onde vou por esta menina que sou quando fizer quarenta anos daqui um mês.  Menina que gosta de viver, porque sabe sofrer. A menina que conversa com suas ideias, puxa um riso de si mesma, desaprende os mesmos caminhos para andar por eles novamente só porque está meio polegar mais segura. Isso é diferente de quando zombaram que eu me achava dona da lua.  Uns gostam do capim quando é cortado, outros quando é regado. E quem é Deus? Só Deus sabe. Mas eu queria saber porque o elevador não funcionou para eu descer. A luz do corredor não acendeu e a porta corta fogo não fechou com tudo no meu dedo. Só para eu gostar de viver tendo a sensação de medo?! Que a qualquer hora tudo que sempre acho que vai dar, não vai dar??? E o contrário também? Que moeda Cara e Coroa é essa que gira...gira...
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    Para Luiza Você é tão perfume. E Nada Igual.  Tão você eu, que Nunca soube lhe dar um presente. Presente tal que aceitasse.  E você sabe todos os dias me fazer ver o presente.  Sem igual. Você faz do seu ser, que bate o pé no chão.  Que me responde. Me provocar sentimentos, de Estou... Estou conseguindo. Todos os dias ser uma mãe para acertar um dia, o que você faz sem perceber. Seu olhar que faz regar em mim um raminho fino de alegria. A única.  Como este perfume seu.  Tão seu e permite ser nosso.  Não mergulhe filha minha nos seus prazeres. Antes seja inteira se descobrir como eu viver por eles e sem eles.  Queira viver o tempo mesmo que passa. Não o que passou...  Mariana levantou. E dei colo a ela. O verso que nem tinha, ficou sentado um tempo no meu colo. E nela vejo a ti. E em ti vejo a ela. Na vela de perfumar estrelas, pensamentos... No vir a nascer do Dia.  Encerro por um tempo. Não voltarei a escrever aqui este ano. Sabe como é sua mãe...Tem que terminar tudo, não no fina
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      Com o templo Havia um tempo ali. O ali era o lá que alguns queriam.  O velho homem sentado ainda menino,   soube que menino era o destino.  Sentou. Não tinha o que desejar, alem do desejo: Nada podia  mudar!             Desde menino dentro do templo.  Vou tentar desenvolver este ensaio de pensamento.  Eu, Susana. Eu Setembro. Que acabei de sonhar e acordei. Sempre desconfiei de um mês nove, que carrega sete. Mas, o sábio? Era mesmo quem era? Bem, eu sei que sou poeta. Antes achava não ser. Não sei se assusta. Desde do dia que soube aprendi que talvez o velho sentado teve que ficar mesmo ali parado. Para não mexer em nada, ou desejar além do desejo.   Mas ele mudou também. Veja  que nem parece o que sentou no Alilá. Susana Raposo