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Mostrando postagens de julho, 2021
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  Hoje não poderia deixar de escrever aqui. Minha mãe acompanha este blog e sempre pergunta se já tem coisa nova. O novo de hoje foi andar ao meio fio no frio. Ver que enquanto eu subia a ladeira um menino descia pela mesma, correndo com a blusa aberta lhe abrindo mais as asas. Também tive vontade de correr. Quem sabe no futuro já tenha alcançado o que hoje o viés do tempo escoa. Fico no agora, contemplando quadros. A transparência mate Em meio fio de sol de inverno Asas de uma tal solidão azul aguda de urtiga essa dor Que sorrisos trazes pra mim? Não se esquive em me dar Foste eu qualquer silêncio Numa oração de mar... A noite opaca abraça o dia Teus olhos a única luz Como vai? Foste eu esse aconchego Do ir em paz... Susana Raposo  
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  Obra En los Alpes del Sur  De John Gully (1819- 1888) Nova Zelândia     Hoje pela manhã fiz um poema e dei o nome de poema esvaziado. É bem verdade que a importância de um vaso se dá no seu vazio. E ser menos não quer dizer ser menor.  Ia postar o poema no meu perfil do Instagram, mas vou deixar o poema descansar. Aliás muita coisa em mim precisa descansar, quando faço um poema ele é apenas uma criança que acabou de nascer e não sei o que virá se tornar. Outro dia perguntei se minha cabeleireira tinha visto estes escritos, ela foi muito sincera e disse que não, dedicava seu tempo livre assistindo os pastores fazerem orações.   A vida é esta estrada montanhosa que nos abraça.  Susana Raposo