Quando penso nas minhas impossibilidades...

Nunca sabemos o bastante sobre nós mesmos, tão pouco dos outros. Percebo quando mando uma mensagem para alguém, seja uma poesia e imediatamente penso que não era bem isso... Não deveria...
Mas, me vejo às vezes como esta minúscula abelhinha da foto, que se depara com uma chance de pousar numa flor.
O ser humano pode ser uma flor cada vez mais rara. 
E no meio de tantos lugares de fala eu gostaria de me sentar no lugar da escuta.
O que vai à contra mão, já que é uma possibilidade e existem lugares disponíveis. Um deles e talvez o mais incômodo, é o lugar dentro de nós mesmos. Se escutar não é tarefa fácil!
Quantas vezes falamos ou agimos sem nos ouvir?!
Esses dias aprendi algo que de certa forma eu colocava em prática sem querer, mas que agora surgiu a oportunidade de colocar em prática querendo. São perguntas que devemos fazer:
- É verdadeiro?
- É gentil?
- É necessário?
A amiga que gentilmente me apresentou estes filtros simplificou a minha auto-escuta.
(Eis que não será em toda flor que poderei pousar...).
Há também uma passagem bíblica bastante falada, que diz para não dar pérolas aos porcos. 
Eis então minha impossibilidade pois, por vezes me pergunto: 
Quais são as pérolas? E Quem são os porcos?
E neste ponto a abelhinha leva vantagem, pois não precisa pensar em nada disso para saber.

Susana Raposo

           

Foto autoral do meu pé de manjericão.



 

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