Poema
Açúcar Mascavo
Segura a onda, que não tem onda nenhuma.
Que é segurar?
Mais que cavo, vem em sons voadores... Petrificados
Seios? Amores? Por que, Dias?
Amaste mais o dia.
Amaste o dia por ser Dias.
E toda noite vem cavar a aridez da terra
e a poeira ser tudo que tem de nitidez.
Foge firme à torre dos sinos
Devolve em velocidade o véu, a casa, o céu.
Nada fará sentido, sem ondas, sem mel...
Desliza, vai dizendo. Doze. Trezentos...
Você, todos e nenhum. Sempre Dia. Vida aqui é só Ida.
Traz teu laço preso em nós de dentes
Esse poema Dizente,
sem Onda ser Diferente
A Noite Mascavo de fel
...
Susana Raposo
Poema & Imagem
Comentários
Postar um comentário